29 de abril de 2009

untitled #104

Durmo e por vezes sonho
Mas quando não sonho não durmo,
E quando acordo não lembro
Se o sonho foi tarde morna de Setembro
Ou incêndio voraz de chamas e fumo.

Penso e por vezes sinto
Mas quando te sinto não penso,
E quando olho sei que não vejo
Se é confissão, crime ou desejo
O cabelo que flutua no ar tão denso.

Sei que muitas vezes não sei
Mas sei que posso afirmar,
Não sonhar, ver ou sentir
São insignificâncias de um Mundo que há-de vir
Quando souber de quem estou a falar.

Sem comentários:

Trans - Siberiano