(Deve ter sido da frustação, da violência de por alguns dias não conseguir escrever, foi então que surgiu este poema, repleto de alguma coisa que nem sei bem, cheio de algo que não compreendo e a transbordar de ideias que não conheço. Enfim são momentos de vai e vem, histórias de alucinação num mundo que ninguém tem)
Chamam-te velho batel
Curiosa embarcação,
Adormecem em tuas velas
Os ventos de um coração,
Leva-me à luz das estrelas
Sobre um mar moribndo
Leva-me leva-me velho barco
Leva-me ao cabo do mundo.
Atiram-te rezas à proa
Choram lendas na tormenta,
Geme de dor a tua quilha
Que as águas revoltas aguenta,
Beijas a lua tua filha
No topo de uma vaga sem fundo
Leva-me leva-me velho barco
Leva-me ao cabo do mundo.
E quando porto de abrigo avistar
De águas azuis e calmas,
Lavo do convés os destroços
Pedaços de tantas almas,
Mas continuamos sequiosos
Tu aventureiro e eu moribundo
Leva-me leva-me velho barco
Leva-me ao cabo do mundo.
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