

Agora que meu tempo é ainda mais reduzido, só o misticismo da prova me mantém agarrado ao Tour, mas, o que acontecerá quando isso se perder?
A edição do ano passado foi dura. Equipas inteiras afastadas do Tour por suspeitas de uso de substâncias proibidas. Equipas históricas como a Deutsch Telekom decidiram abandonar a competição, nomes sonantes começaram a desaparecer dos rodapés da classificação. A verdade desportiva viu-se amordaçada pela sedutora química dopante e os patrocinadores retraíram-se nos investimentos. Ainda a procisão vai no adro e já houve mais um controlo positivo na edição 2008 do Tour. A nova estrela Transalpina do ciclismo Ricardo Riccó e a sua equipa regressam a casa mais cedo após este ter acusado níveis de eritropoietina irregulares.
A edição de 2008 não será então isenta de inverdades e irregularidades que teimam em sangrar um desporto que é dos mais bonitos do Mundo. Nunca o futuro do Tour e do ciclismo esteve tão em jogo como agora...
O Tour vai sobrevivendo, conserva a montanha, as longas tiradas e as lindas paisagens Gaulesas a perder de vista, mas, o que aconteceu à magia?
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