29 de janeiro de 2008

Conto torto...


Começa o dia numa aldeia do Cantinho,
Não há alegria, não há folia,
Apenas o trabalho do dia-a-dia
Apenas a certeza do destino.

Ainda o sol se esconde já Armindo enfrenta a geada,
Pão com manteiga na sacola
Caminha alegre para a escola
Pisando as gélidas flores na berma da estrada.

Para ele o Mundo é enorme,
Vai desde Alfarves a Pena de Amigo
Não existe mal, não existe perigo
O padeiro atrasou-se e o cão do Zé ainda dorme.

Abre-se na escola o venho portão,
O sol afinal veio e está a brilhar
Sem tempo a perder, há contas a ajustar
Desafia-se o Artur e apara-se o pião.

Uma, duas, três e grande vitória,
Cara suja no chão do recreio
Dois murros que levei a meio
Por fim amigos até ao fim da história...

1 comentário:

Vitor Sousa disse...

Porque não lhe chamar "Velha Infância"?
Acho que se enquadra perfeitamente....
Por momentos fez-me lembrar os momentos de menino, quando ainda andava na escola primária....
Mesmo não tendo estudado em mouçós....

Eheh...

Grande Abraço

Trans - Siberiano