Serve este post para retomar uma ideia que na verdade nunca se perdeu, uma ideia de uma região administrativa denominada Gallaecia (ou Galécia em Português, mas vou manter o nome em Latim, tem mais piada). Uma ideia que, apesar de nos quadros legais actuais ser quase impraticável, deve servir de lição à administração super centralista de que Portugal padece... O caminho futuro deve passar pela criação de pequenas "Gallaecias" espalhadas por Portugal. Entidades com poder administrativo (e porque não legislativo) real, englobadas é claro no quadro da Constituição Portuguesa.
Queria ressalvar um aspecto que me parece extremamente importante. O balanço e as lições da história da Gallaecia vão muito para além do cariz de descentralização administrativa... É na sua história que reside a nossa (Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Viana do Castelo) identidade. Negar isto é negar a história em si. Sejamos orgulhosos.
Um pouco de história, como diria o maior de Leiria:
"Foi aqui, precisamente aqui", que existiu em tempos uma província Romana na extremidade norte-ocidental da Península Ibérica designada Gallaecia, que corresponde ao território onde se encontra a cultura castreja na actual Galiza e norte de Portugal. A cidade mais importante e capital histórica era Bracara Augusta, a actual cidade de Braga.
A falta de uma dinastia monárquica forte provocou lutas de poder entre a nobreza Asturiense e Lugense, e terminou com a fragmentação da Gallaecia em dois reinos diferentes. No oeste, as Gallaecias Lugense, Bracarense e parte da Asturiense formaram o Reino da Galiza, sucessor histórico do Reino da Gallaecia. No leste, o resto da Gallaecia Asturiense formou o Reino das Astúrias, que mudou o seu nome em 1030 para Reino de León.
A derrota dos exércitos de León e Galiza contra os Castelãos na Batalha de Tamaron em 1037 provocou anos mais tarde outra partição da Gallaecia com a criação do Reino de Portugal, fundado sobre os condados galegos de Portucale (Gallaecia bracarense) e Coimbra (norte da Lusitánia).
Nos passados seis séculos os nacionalismos Hispano e Lusitano tentaram diluir a identidade nacional Galaica dos povos Bracarense, Lugense e Asturiense. No Reino de Portugal a capital e o poder do estado marchou à Al-Lisbuna, na Estremadura Lusitana, e começou um processo de aculturação Lusitanista. Inevitavelmente, a identidade nacional e territorial da Gallaecia recuou muito nos passados seis séculos.
A Galiza é - como o seu nome evidencia- o território que conservou vivo a memória do Reino da Gallaecia e o seu espírito soberanista e reunificador. As terras entre Douro e Minho seguem a sofrer uma aculturação promovida polo Nacionalismo Lusitanista. Ainda assim, sobrevive nas terras Minhotas e de Trás-os-Montes um crescente sentimento de origens nacionais Galaicas.
Adaptado deste blog
Queria ressalvar um aspecto que me parece extremamente importante. O balanço e as lições da história da Gallaecia vão muito para além do cariz de descentralização administrativa... É na sua história que reside a nossa (Vila Real, Bragança, Braga, Porto, Viana do Castelo) identidade. Negar isto é negar a história em si. Sejamos orgulhosos.
Um pouco de história, como diria o maior de Leiria:
"Foi aqui, precisamente aqui", que existiu em tempos uma província Romana na extremidade norte-ocidental da Península Ibérica designada Gallaecia, que corresponde ao território onde se encontra a cultura castreja na actual Galiza e norte de Portugal. A cidade mais importante e capital histórica era Bracara Augusta, a actual cidade de Braga.
A falta de uma dinastia monárquica forte provocou lutas de poder entre a nobreza Asturiense e Lugense, e terminou com a fragmentação da Gallaecia em dois reinos diferentes. No oeste, as Gallaecias Lugense, Bracarense e parte da Asturiense formaram o Reino da Galiza, sucessor histórico do Reino da Gallaecia. No leste, o resto da Gallaecia Asturiense formou o Reino das Astúrias, que mudou o seu nome em 1030 para Reino de León.
A derrota dos exércitos de León e Galiza contra os Castelãos na Batalha de Tamaron em 1037 provocou anos mais tarde outra partição da Gallaecia com a criação do Reino de Portugal, fundado sobre os condados galegos de Portucale (Gallaecia bracarense) e Coimbra (norte da Lusitánia).
Nos passados seis séculos os nacionalismos Hispano e Lusitano tentaram diluir a identidade nacional Galaica dos povos Bracarense, Lugense e Asturiense. No Reino de Portugal a capital e o poder do estado marchou à Al-Lisbuna, na Estremadura Lusitana, e começou um processo de aculturação Lusitanista. Inevitavelmente, a identidade nacional e territorial da Gallaecia recuou muito nos passados seis séculos.
A Galiza é - como o seu nome evidencia- o território que conservou vivo a memória do Reino da Gallaecia e o seu espírito soberanista e reunificador. As terras entre Douro e Minho seguem a sofrer uma aculturação promovida polo Nacionalismo Lusitanista. Ainda assim, sobrevive nas terras Minhotas e de Trás-os-Montes um crescente sentimento de origens nacionais Galaicas.
Adaptado deste blog
1 comentário:
um post interessante, bem ao encontro das minhas ideias. Gostei do pormenor 'Castelãos' a verdadeira palavra portuguesa para dizer castelhanos que é um "castelhanismo":) e tantas são os termos e palavras usados pelo pessoal mais velho considerado parolo e inculto pelos mouros de Lisboa, mas que mais não é que a identidade da nossa língua, o galaico-português.
Enviar um comentário