15 de novembro de 2007

E assim foi...

Depois de tantos voos nesta e naquela companhia algum dia isto tinha de acontecer. Como já diz o ditado, “quem anda à chuva molha-se”. O mesmo se pode aplica ao andar de avião, “quem anda de avião arrisca-se a ficar em terra”. Desta vez foi por pouco, por mesmo muito pouco. O avião em causa é uma Boeing 737-800 (estas companhias Europeias deviam era comparar Airbus, mas isso é outra história) da AirBerlin, e o aeroporto em questão é o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Carago, tanto nome bonito espalhado por este País fora e foram escolher para nome de um aeroporto o nome de um homem que morreu num acidente de aviação! Pois bem, estava eu já sentado no meu lugar 3C quando o comandante começa a balbuciar umas palavras em alemão para a malta. Percebi logo que havia uma avaria com qualquer coisa, mas tive de esperar pela tradução em Inglês (manhosa) para descobrir mais pormenores.

Então cá vai a tradução para Português do discurso do comandante:

Senhoras e senhores, fala-vos o vosso comandante.
Durante os procedimentos habituais para a preparação da descolagem acendeu uma luz que não devia acender.

Bem, luzes que acendem e não deviam acender é mau. Mas pelo menos sabemos que as luzes funcionam... o que é bom.
Continuando...

Como a luz está acesa e não devia estar vamos ter de abortar a descolagem por alguns minutos até o problema ser resolvido.

Eu depreendi que resolver o problema era apagar a luz. É assim, de aviões percebo pouco, mas de luzinhas até domino. Lembro-me que quando era mais novo, pela altura do Natal, costumava ser eu o responsável pela iluminação da árvore, e mais, garanto-vos que a taxa de luzes fundidas era bem elevada. Imaginei logo que apagar uma luzinha de avião deve ser canja quando comparada com a tarefa colossal de fundir os sets de 100 lâmpadas que se vendem no chinês, para isso há que ser um fundidor nato.

Entretanto os motores pararam, o comandante sai do avião, volta a entrar e volta a sair. Pega no telemóvel, entra mais uma vez e torna a sair, por fim entra e fecha-se na cabine. Liga o microfone e diz.

Ok, problema resolvido. A luz está apagada.

Por fim dei por mim a pensar. O que será pior? Uma luz que acende quando não deve, ou uma luz que quando deve acender não acende? Enfim, pelo menos esta reflexão deu para passar o tempo pois não tardava nada estava a aterrar em Palma... Atrasado... Ai luzinha, luzinha, porque brilhas tanto assim?

2 comentários:

Anónimo disse...

Boas Luís...

Não podia deixar de dizer aqui qq coisa, apesar deste post ser uma situação pessoal tua.

No entanto é só para salientar duas coisas que referiste no texto.

Uma delas é a situação de um aeroporto ter o nome de um gajo que morreu num acidente de aviação, é no mínimo irónico...

A outra situação é a cena dos Boeing. Realmente não entendo porque é que ainda existem na europa! Felizmente a TAP já deu cabo disso, afinal de contas o único acidente da sua história foi devido a uma pista curta no Funchal e a um "animal desses" que pelos vistos tinha alguns problemas para aterrar naquela pista, embora os gajos da Boeing dissessem o contrário.

Aproveito para relembrar que a TAP tem o nome inscrito no top 10 das empresas mais seguras do mundo, tem um sitema de segurança mais apertado que aquele que é previsto na lei, e apenas aterram no Funchal pilotos promovidos ao título de Comandante, e depois de vários testes efectuados.

Finalmente recordo que a TAP é portuguesa... Mai nada

cesaralvim disse...

Eu devo dizer que para além de concordar perfeitamente com que o meu amigo rotiv disse.
Quanto ao teu dilema luís se a luz deve acender e ñ acende ou o contrario eu tb não sei, o que sei e é bem verdade é ainda bem que a luz acendeu enquanto estavas com os pés acentes no nosso grande e bonito AeroPorto Francisco Sá Carneiro... ;)

Trans - Siberiano