Faltam poucos dias para o primeiro treino, a primeira curva, o primeiro tempo. Mal posso esperar para o primeiro arranque, a primeira ultrapassagem, o primeiro ganhar e o primeiro perder.
Valtteri Bottas
Em tempos que já não voltam, acordava às tantas da manhã para ver todos estes "primeiros", sempre na Austrália como já vem sendo tradição. Com o passar do tempo (e a pressão dos patrocinadores), as tantas da manhã transformaram-se num mísero acordar cedo e a magia de ver o último treino livre antes da qualificação um banal ritual. Ainda assim acordo, não ás 3 mas ás 6, não para ficar pasmado a ver engenheiros e mecânicos a tentar reparar a caixa sequencial, mas para apreciar toda a organização metódica que torna possível que aquele carro vá, cada ano, mais e mais depressa.
Um sintoma da idade! Um entusiasmo de criança pela primeira corrida do ano que é agora digerido de modo mais vagaroso, mais eficiente, mais controlado, mais pobre naquele "sei lá" que me costumava corroer o estômago durante a primeira madrugada. O tempo passa e o carros também. Mais rápidos, aliás, como o próprio tempo. Espero pelo próximo Domingo com o mesmo espírito de anos passados, mas sem as manifestações antigas que o caracterizavam.
Sem comentários:
Enviar um comentário