24 de janeiro de 2015

Três olhares por Vila Real...

A cidade desdobra-se como um todo mas são os detalhes que me consomem a atenção. Não ligo aos prédios mas sim ás paredes, não vejo lojas mas objectos, não olho pessoas mas o momento onde se encontram. A cidade é um somatório maior que as contribuições individuais dos corpos que a compõem, mas por alguma razão dou por mim completamente imerso nas singularidades de Vila Real. Uma balança com escala musical em vez de numérica que dá as boas vindas ao visitantes do mercado, um par de piões que dançam estagnados no tecto acanhado de uma loja de ferragens, uma aura de acontecimento no bater de um livre que deu golo a caminho de Sabroso. E assim, sem destino algum a não ser aquilo que vejo, delicio-me com pedaços avulsos de uma cidade que se esconde por debaixo de si própria. 



 


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Trans - Siberiano