GroKo é a forma reduzida em Alemão para designar Grande Coligação (Grosse Koalition). Uma aliança temporária entre os dois partidos que são tradicionalmente os mais votados em eleições federais.
No passado fim-de-semana a CDU e o SPD chegaram finalmente a um acordo (após 3 meses de negociações) sobre a estratégia e composição do executivo para os próximos quatro anos.
O SPD, um dos grandes derrotados das eleições de Setembro!, consegue o feito de reservar no contracto de coligação alguns ministros relevantes. O meu destaque pessoal vai para Frank Steinmeier (negócios estrangeiros) e para o actual líder do SPD, Sigmar Gabriel (economia e energia). O SPD consegue também a pasta do ambiente através da senhora Barabara Hendricks. Já a CDU mantém as pastas das finanças, ciências e educação, saúde, agricultura (CSU) e defesa.
Existem é claro algumas perguntas em aberto sobre os resultados que se podem esperar da GroKo. As minhas favoritas são:
1- Que efeitos negativos a GroKo acarreta para a riqueza do debate político Alemão, uma vez que esta controla quase 2/3 do parlamento?
2- Como vão os pequenos partidos com representação parlamentar encontrar espaço de manobra para combater a GroKo?
3- Como será a performance de Sigmar Gabriel na difícil pasta da energia? A Alemanha quer ter já em 2020 cerca de 80% da energia electrica proveniente de fontes renováveis. Um plano que muitos julgar caro e ambicioso demais. 3.1- Será esta pasta um presente envenenado de Merkel para deixar em maus lençóis o SPD nas eleições de 2017?
4- Por outro lado, será que o SPD vai capitalizar a oportunidade de deter as pastas da energia e ambiente para desferir um golpe duro no partido os Verdes? As matérias de energia e ambiente sempre foram um bastião dos Verdes.
5- O que esperar da GroKo sobre política Europeia a não ser uma colagem à anterior conduta de Angela Merkel?
Tudo isto o futuro o dirá...
Tudo isto o futuro o dirá...
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