Tentei ser o mais silencioso possível enquanto abandonava o quarto, não queria acordar o Fro que dormia profundamente. Eram cinco e sete da manhã quando fechei porta daquela que foi a minha casa por dois dias, para trás deixava a minha “família” adoptiva, estava na hora de voar para Munique.
Os meses passados na Alemanha fizeram com que o sistema de transportes de Hamburgo, embora novo para mim, não me fosse totalmente incompreensível. O caminho até ao Aeroporto foi feito sem sobressaltos, usei o metro durante oito paragens e depois apanhei o autocarro expresso que me levou até ao Hamburg Flughafen. Feito o check in, apenas restava esperar sentado pelo momento do embarque, antes de iniciar a espera comprei um Franzbrötchen, depois sentei-me encostado à grande janela a ver os aviões subir e descer numa dança ensaiada que já me é tão familiar.
A viagem correu bem, aliás, nem posso dizer que a viagem correu sequer, uma vez que adormeci quando me sentei no meu lugar e só acordei dez minutos antes de aterrar. Agora apenas me restava esperar com a mala e ir ter com a Ana Raquel.
Nunca a vi pessoalmente, não faço ideia de como ela é, só sei que temos um grande amigo em comum e que de momento ela também se encontra a trabalhar na Alemanha. Apenas nos conhecemos “virtualmente”, a amizade começou com uma saudável discussão sobre a despenalização do aborto onde defendíamos posições contrárias, depois ela passou a ser uma visita frequente no meu blog, por fim trocamos contactos e combinamos um encontro em Munique antes de ela partir de vez para Portugal. Avisto finalmente a minha mala, está na hora de sair.
Ela é que me encontra no meio das pessoas que abandonam o terminal. Dirigimo-nos até ao parque de estacionamento e começamos a viagem que nos vai levar até ao museu da AUDI. Não há tempo a perder. Durante o caminho vamos falando sobre o nosso amigo em comum, vamos apreciando as longas planícies verdes, vou contando os meus planos futuros, a chuva cai mas isso agora não importa.
O edifico do museu é impressionante, uma mescla de aço e vidro bem ao estilo de uma empresa que prima pelo detalhe e qualidade. Lá dentro desfilam uma série de maravilhas técnicas da indústria automóvel, o que para muitos não passam de máquinas frias e sem vida para mim sºao peças com alma e que merecem ser contempladas, a oportunidade de estar neste museu é muito emocionante.
De entre todos os veículos que desfilam existe um que me chama a atenção, um Auto Union Streamliner type C, muito parecido com aquele que vitimou um dos meus pilotos preferidos no dia 28 de Janeiro de 1938 enquanto pilotava a 420 km/h na auto-estrada Frankfurt-Darmstadt. O seu nome era Bern Rosemeyer…Uma coisa é ler os livros, outra coisa é estar a dez centímetros da própria História...
Sem saber bem porquê um funcionária da AUDI aproxima-se e pergunta-me se eu sou da Argentina !!! A funcionária assumiu tal facto uma vez que levava um camisola com as cores nacionais da Argentina com um pequeno numero 46 na frente. Explicamos-lhe que éramos Portugueses, para nossa grande surpresa ela era Brasileira… Foi uma daquelas cenas tipo Twilight Zone que me costuma acontecer. No entanto ela era bem simpática e até se ofereceu para nos tirar uma fotografia…
Tempo de partir... Um longo passeio com o Danúbio em pano de fundo, regressar ao hotel, um duche rápido e conversar até à meia-noite.
Amanhã vai ser um longo dia…
Continua...
A viagem correu bem, aliás, nem posso dizer que a viagem correu sequer, uma vez que adormeci quando me sentei no meu lugar e só acordei dez minutos antes de aterrar. Agora apenas me restava esperar com a mala e ir ter com a Ana Raquel.
Nunca a vi pessoalmente, não faço ideia de como ela é, só sei que temos um grande amigo em comum e que de momento ela também se encontra a trabalhar na Alemanha. Apenas nos conhecemos “virtualmente”, a amizade começou com uma saudável discussão sobre a despenalização do aborto onde defendíamos posições contrárias, depois ela passou a ser uma visita frequente no meu blog, por fim trocamos contactos e combinamos um encontro em Munique antes de ela partir de vez para Portugal. Avisto finalmente a minha mala, está na hora de sair.
Ela é que me encontra no meio das pessoas que abandonam o terminal. Dirigimo-nos até ao parque de estacionamento e começamos a viagem que nos vai levar até ao museu da AUDI. Não há tempo a perder. Durante o caminho vamos falando sobre o nosso amigo em comum, vamos apreciando as longas planícies verdes, vou contando os meus planos futuros, a chuva cai mas isso agora não importa.
O edifico do museu é impressionante, uma mescla de aço e vidro bem ao estilo de uma empresa que prima pelo detalhe e qualidade. Lá dentro desfilam uma série de maravilhas técnicas da indústria automóvel, o que para muitos não passam de máquinas frias e sem vida para mim sºao peças com alma e que merecem ser contempladas, a oportunidade de estar neste museu é muito emocionante.
De entre todos os veículos que desfilam existe um que me chama a atenção, um Auto Union Streamliner type C, muito parecido com aquele que vitimou um dos meus pilotos preferidos no dia 28 de Janeiro de 1938 enquanto pilotava a 420 km/h na auto-estrada Frankfurt-Darmstadt. O seu nome era Bern Rosemeyer…Uma coisa é ler os livros, outra coisa é estar a dez centímetros da própria História...
Sem saber bem porquê um funcionária da AUDI aproxima-se e pergunta-me se eu sou da Argentina !!! A funcionária assumiu tal facto uma vez que levava um camisola com as cores nacionais da Argentina com um pequeno numero 46 na frente. Explicamos-lhe que éramos Portugueses, para nossa grande surpresa ela era Brasileira… Foi uma daquelas cenas tipo Twilight Zone que me costuma acontecer. No entanto ela era bem simpática e até se ofereceu para nos tirar uma fotografia…
Tempo de partir... Um longo passeio com o Danúbio em pano de fundo, regressar ao hotel, um duche rápido e conversar até à meia-noite.
Amanhã vai ser um longo dia…
Continua...
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