9 de dezembro de 2006

Este senhor sabe muito...

Conhecido por apenas pagar “trocos” aos seus pilotos e recorrendo ao bom charme e perícia negocial Italiana, Briatore é a referencia para qualquer manager de uma equipa de F1…

Nascido em Verzuolo (Itália) e filho de dois professores primários formou-se como topógrafo na escola superior Fassino di Busca's com as notas mais baixas de toda a turma… Cedo percebeu que era melhor a fazer negócios do que a medir distâncias e ângulos, assim sendo abre um restaurante chamado Tribüla que infelizmente acabou por fechar. Em 1970 torna-se assistente de Attilio Dutto, este acaba por morrer num atentado em 1979 atribuído ás brigadas vermelhas e Briatore muda-se para Milão onde se torna corrector da bolsa e conhece o homem que iria mudar a sua vida, conhece Luciano Benetton (fundador da conhecida marca de roupa) … Os dois tornam-se amigos e Luciano convida Briatore a assistir a uma grande prémio na companhia da recém criada equipa Benetton Formula Ltd. (ex Toleman como sabem)… Corria o ano de 1988 e a fórmula 1 viu nascer um dos seus mais mediáticos managers de sempre… Em 1991 enquanto assistia ao grande premio de Spa Francorchamps viu um jovem piloto a colocar um “pobre” Jordan na sexta posição da grelha de partida, o piloto em causa era um tal Schumacher… Briatore viu imediatamente o potencial do alemão e passadas algumas semanas Schumacher tinha um contracto com a Benetton, resultado, dois títulos consecutivos em 94 e 95…

Em 1996 com a partida de Schumacher e de uma série de engenheiros para a Ferrari a equipa Benetton vê-se relegada para o meio da tabela. É despedido em 1997 em deterimento do totó do David Richards … De 1998 a 2000 Briatore ganha a vida a vender motores desenhados pela Renault e construídos pela Mecachrome denominados de Supertecs… é claro que sem o apoio dos engenheiros da Renault na construção dos motores estes não valiam nada… Parecia que o grande Briatore tinha os dias contados até que a Renault decide reentrar de modo oficial na F1, contracta Briatore e dão-lhe total controlo da equipa, o grande Flávio estava de volta e começa aquela que é talvez a mais fria vingança da F1, depois de ter tirado Schumacher do anonimato estava na hora de arranjar um novo pupilo… Ainda em 1999 Briatore torna-se no manager de um jovem Espanhol de 19 anos acabado de sair da fórmula Nissan, com boa diplomacia Italiana consegue um lugar para Alonso na Minardi, em 2002 promove Alonso a piloto de testes da Renault. Em 2003 Briatore faz uma das maiores manobras do circo da F1, despede a jovem promessa Britânica chamado Jenson Button e coloca o desconhecido Alonso ao volante do novo R23, a pressão dos patrocinadores da Renault sobre Briatore foi imensa mas ele manteve-se intransigente…Resultado, corria o ano de 2005 e enquanto Jenson Button contava com apenas uma vitória em toda a temporada Alonso sagra-se o mais jovem campeão de sempre na história da F1, trabalhando sempre com um orçamento mais reduzido que a Ferrari e Maclaren e enfrentado alguns problemas de saúde, Briatore leva a Renault e Alonso a um segundo título em 2006…

Uma vez mais Briatore formou um campeão, infelizmente Alonso partiu para outra equipa, assim sendo mandou chamar Heikki Kovalainen para a Renault e referiu que o Finlandês é o seu novo desafio…

Vamos esperar para ver…

1 comentário:

Tiago disse...

Gosto dos "phones"... :)

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