31 de agosto de 2009
Vertical
No alto de uma parede sem topo
Tão alta que até as sombras desistem,
Vive um ser incorrecto
Saltitando a céu aberto
Amarrado a cordas que não existem.
E assim vai ele vivendo
Sem ruído, alegria ou contenda,
Repara estrelas por ofício
Substituindo com artifício
Astrais peças feitas por encomenda.
Nunca ninguém o viu
E poucos lhe conhecem a voz,
Talvez seja parecido contigo
Quem sabe até teu amigo
Um pouco diferente e igual a todos nós.
No alto de uma parede sem topo
Tão alta que serve de poleiro aos céus,
Vive um ser incorrecto
Dançando a céu aberto
Ao som de pecados teus e meus.
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Trans - Siberiano
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