Causa-efeito, acção-reacção. É tão fácil pensar de acordo com estas leis da casualidade que o fazemos diariamente sem termos consciência disso.
Até ontem à noite eu pensava que existia algum tipo de causalidade nas nossas vidas, que tínhamos controlo sobre alguns aspectos da nossa existência. Hoje já não penso assim, e bastou um fim de semana para que tudo mudasse. Para eu estar agora a escrever neste blog, tiveram lugar um infinito número de eventos que nunca mais se repetirão e sobre os quais não tive nenhum controlo. Independentemente de onde quiserem começar, a minha história é uma irrepetível e única cadeia de ventos caóticos.
Tudo começou (alguns dizem), com o Big Bang, depois a terra teve que se formar tal qual a conhecemos, um leve desvio na sua órbita actual e seria impossível suportar vida neste planeta. Depois a vida teve de tomar o caminho que tomou, o homem apareceu como ser pensante, evoluiu, inventou a escrita, dispersou-se pelo Mundo e criou comunidades. Depois Portugal teve que nascer, tornar-se individual, cultivar uma cultura própria que lhe permite hoje ser um País. Depois tive que nascer, não no Sul, nem no Centro mas no Norte. Não em Braga, Guimarães mas em Vila Real. Nasci resultado de duas famílias únicas (já elas formadas por incontáveis cadeias caóticas de eventos), não nasci Pinheiro, nem Macieira mas Carvalho, não nasci Martins, Guerra mas Costa.
Por fim (se é que existe um fim) tive que crescer, estudar, aprender. Cada evento, cada aula, cada conversa que tive ao longo destes 25 anos moldaram-me de forma única. Pergunto: Tive algum controlo sobre isso? Respondo: Duvido... Não escolhi amigos, eles aparecem por acaso, vindos do nada. Este nada pode ser a porta do vizinho do lado ou alguém vindo da Austrália, pode ser alguém que partilha o meu ponto de vista ou alguém que o destrói por completo. Depois de ter a minha personalidade definida tive que ganhar o gosto pela escrita, pelos blogs, pelo estrangeiro, pela Alemanha. Nem mesmo este texto pode ser visto como um par causa-efeito. As inúmeras palavras que eu penso e que ficam por escrever nunca sairão da minha mente e vocês não têm o controlo daquilo que vão ler a seguir. O caos governa as nossas vidas.
A casualidade é uma invenção, tal como o destino, fado etc... Não temos controlo sobre nada porque nada depende só de nós próprios e o controlo é puramente ilusório. Podemos fazer escolhas, traçar planos dizem vós... É verdade, mas tudo isso é originado pelos caos que antecedeu a tal tomada de decisão. Tentem encontrar algo que nunca fugiu ao vosso controlo, uma decisão que foi puramente vossa e de mais ninguém. Uma decisão que não foi moldada pela sociedade, língua, religião, cultura. Uma decisão que não teve sequer em conta os vossos interesses, já que esses são também caóticos...
O lindo caos foi-me apresentado Sábado à noite numa varanda na Bolowstr em Berlin. Partiu ontem à tarde e tornou o hoje muito mais claro...
Até ontem à noite eu pensava que existia algum tipo de causalidade nas nossas vidas, que tínhamos controlo sobre alguns aspectos da nossa existência. Hoje já não penso assim, e bastou um fim de semana para que tudo mudasse. Para eu estar agora a escrever neste blog, tiveram lugar um infinito número de eventos que nunca mais se repetirão e sobre os quais não tive nenhum controlo. Independentemente de onde quiserem começar, a minha história é uma irrepetível e única cadeia de ventos caóticos.
Tudo começou (alguns dizem), com o Big Bang, depois a terra teve que se formar tal qual a conhecemos, um leve desvio na sua órbita actual e seria impossível suportar vida neste planeta. Depois a vida teve de tomar o caminho que tomou, o homem apareceu como ser pensante, evoluiu, inventou a escrita, dispersou-se pelo Mundo e criou comunidades. Depois Portugal teve que nascer, tornar-se individual, cultivar uma cultura própria que lhe permite hoje ser um País. Depois tive que nascer, não no Sul, nem no Centro mas no Norte. Não em Braga, Guimarães mas em Vila Real. Nasci resultado de duas famílias únicas (já elas formadas por incontáveis cadeias caóticas de eventos), não nasci Pinheiro, nem Macieira mas Carvalho, não nasci Martins, Guerra mas Costa.
Por fim (se é que existe um fim) tive que crescer, estudar, aprender. Cada evento, cada aula, cada conversa que tive ao longo destes 25 anos moldaram-me de forma única. Pergunto: Tive algum controlo sobre isso? Respondo: Duvido... Não escolhi amigos, eles aparecem por acaso, vindos do nada. Este nada pode ser a porta do vizinho do lado ou alguém vindo da Austrália, pode ser alguém que partilha o meu ponto de vista ou alguém que o destrói por completo. Depois de ter a minha personalidade definida tive que ganhar o gosto pela escrita, pelos blogs, pelo estrangeiro, pela Alemanha. Nem mesmo este texto pode ser visto como um par causa-efeito. As inúmeras palavras que eu penso e que ficam por escrever nunca sairão da minha mente e vocês não têm o controlo daquilo que vão ler a seguir. O caos governa as nossas vidas.
A casualidade é uma invenção, tal como o destino, fado etc... Não temos controlo sobre nada porque nada depende só de nós próprios e o controlo é puramente ilusório. Podemos fazer escolhas, traçar planos dizem vós... É verdade, mas tudo isso é originado pelos caos que antecedeu a tal tomada de decisão. Tentem encontrar algo que nunca fugiu ao vosso controlo, uma decisão que foi puramente vossa e de mais ninguém. Uma decisão que não foi moldada pela sociedade, língua, religião, cultura. Uma decisão que não teve sequer em conta os vossos interesses, já que esses são também caóticos...
O lindo caos foi-me apresentado Sábado à noite numa varanda na Bolowstr em Berlin. Partiu ontem à tarde e tornou o hoje muito mais claro...
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