De regresso à actividade característica dos domingos madrugadores. Uma lufada de ar fresco (ou melhor, de ar quente e adocicado) para enfrentar as várias "deadlines" e viagens que se avizinham. Tempo para parar e saborear (literalmente) a ligeireza da vida e da inevitabilidade do seu caminhar. Uma paragem para tirar do forno o alento que nos conduza a um regresso desejado, ainda que breve, à velocidade estagnante da preguiça.
Não há receita fixa, apenas o improviso com os parcos ingredientes que andavam perdidos nos confins dos armários e profundezas do frigorífico. 250 gramas de farinha com meio pacote de levedura cujo prazo de validade já terminou. 125ml de leite no qual derreti duas colheres de manteiga. Misturei tudo com um ovo suplicado à vizinha, para depois me entreter por uma hora na mais vazia leitura de domingo. Ao lado misturei 150 gramas de bagas secas com açúcar muscuvado e três colheres de sobremesa de amaretto. Estendi a amassa, espalhei o preparado na sua superfície, enrolei tudo como se de uma torta de tratasse. Cortei a torta em 8 pedaços iguais. Coloquei-os numa forma untada, a primeira que vi no armário, deitados com a espiral para cima. Esperei mais meia hora e depois foi tudo ao forno a 190 graus por 25 minutos. Derreti alguns pedaços de chocolate negro que estavam esquecidos desde o natal. Adornei o bolo e fui desligar a aparelhagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário