Nas últimas semanas habituaram-se à relva maltratada pelo estacionar constante das bicicletas. Não importa... parecem dizer um para o outro. Aqui é tudo mais sossegado e os restantes animais não se atrevem a incomodar. Aqui não há turistas em barcos acelerados, cuja passagem deixa rastos de ondulações vespertinas que nos estragam o sono à beira lago. Aqui há sombra pela qual não é preciso lutar contra o teu semelhante. Aqui existe programa divertido. Humanos em passo acelerado para apanhar o autocarro, ou então equilibrados em artifícios metálicos com rodas que ora põem ora tiram aqui ao lado. Parece não saberem o que querem, se partir, se ficar... Nós ficamos. Partir? Nem pensar. Adorável jardim dos humanos. Se houvesse algo mais para petiscar seria como o paraíso. Vejam só que em dias de maior calor até chuveiros para as plantas são instalados, de modo a refrescar as pétalas em rodopios de gotas cintilantes. Nós aproveitamos também... Nadar? Não obrigado. A água da companhia serve-nos muito melhor. Não deixa cheiro a peixe, óleo de barco ou menino aflito. Chapinhar na relva está in este verão, nadar no lago é coisa de pato-bravo.
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