Outubro Vermelho (Krasny Oktyabr) é uma marca de chocolates produzida na Rússia. O exemplar que seguro foi produzido em Moscovo, comprado no Quirguistão e transportado até Potsdam - onde foi inevitavelmente consumido com grande deleite.
A marca tem as suas origens no espírito empreendedor do senhor vom Heinem, um Alemão que em 1851 decidiu abrir uma pequena loja de chocolates com o seu próprio nome na rua Arabat situada no centro histórico de Moscovo. Em 1857 Heinem associa-se a Julius Heuss e juntos abrem um fábrica de maiores dimensões nas margens do rio Moscovo, corria então o ano de 1867. A marca de chocolates Heinem cedo recebeu a fama de produzir produtos de alta qualidade. Um dos seu principais clientes era a própria família real. Com a revolução de 1917 e a execução do seu mais notável cliente, a fábrica foi tomada pelo governo provisório bolchevique e rebaptizada de "Fábrica Estatal de Doçaria Nr. 1". Em 1922 a fábrica adquiria finalmente o nome pelo qual é hoje conhecida, Outubro Vermelho. Com a mudança de nome e a consolidação do regime Soviético a produção de chocolates foi aumentada e a fábrica modernizada. Com o inicio da II guerra Mundial a produção foi ampliada de modo a fornecer o Exército Vermelho com algo doce para suportar os amargos da guerra. Entre os vários produtos feitos para o esforço de guerra havia um curioso chocolate com alto teor de cafeína (Kola) que se tornou muito apreciado nos ramos da marinha e aviação (os Alemães também distribuíam às suas tropas um tipo de chocolate semelhante). Com o fim da guerra o esforço da fábrica foi direccionado de novo para a produção de chocolate de alta qualidade. O objectivo era mostrar ao Mundo que o regime Soviético era um "doce".
Antiga fábrica Outubro Vermelho na margens do rio Moscovo. Wikipédia
Em 1966 surgiu a imagem de marca que perdura na memória de milhões de Moscovitas. A imagem da criança que dá corpo à própria marca é conhecida por Alenka ou Alyonka. A origem da imagem é oficialmente desconhecida mas os rumores dizem que se trata de um retrato da filha de um dos artistas que na altura trabalhava no departamento de publicidade. Esta é a imagem que muitos Russos associam quando escutam a palavra chocolate. A fábrica, claro está, resistiu ao rigores da Perestroika e à "invasão" ocidental e em 2007 foram inauguradas novas instalações nos arredores de Moscovo. A marca preserva no entanto quer os métodos de fabrico quer a Alyonka em quase todos os seus produtos.
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