Enquanto o meu interesse pela Rússia cresce, cresce também a minha coleccção de literatura originada nesse país. Depois de ler o a percurso do pai da bomba atómica Soviética eis que me aventuro no estudo da Noosfera, termo originalmente cunhado pela filósofo Francês Le Roy mas que o goequímico Russo VladimirVernadsky tornou famoso.
Mais do que ideias ou teorias, os livros relacionados com aspectos científicos na Russia dos anos 30 aos anos 70 são à partida indissociáveis no sistema político em vigor. Ambos revelam uma realidade muito mais heterogênea do que é muitas vezes assumida em Portugal. O regime sabia à partida do valor dos seu cientistas e por isso mesmo ele gozavam de certa liberdade. Havia critica e jogos de poder entre cientistas, havia os heróis e os vilões. Havia até cientistas contra o sistema instalado que fundaram partidos ilegais com o conhecimento do regime, mas que devido à sua importância mantinham as suas posições nas universidade ou instituto demonstrando que o sistema político sabia ser ponderado quando os interesses eram altos.
O que mais me impressionou até agora foi a existência de um sentido de responsabilidade, filosófico e humanista na ciência Soviética. Não me impressionou pela sua existência mas sim pela sua extensão no sentido que mesmo arriscando represálias os cientistas da época não deixavam de constantemente questionar a o moral das suas pesquisas. Algo que hoje em dia temo não ser tão assim.
Ficam pois aqui as duas dicas para quem quiser saber mais sobre a história da ciência num país que, convenhamos, ainda é pouco conhecido entre nós...
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