O azeite Bárbaro é de fácil definição... inexistente. Por essa razão este país evoluído - que ainda cozinha mais à base de manteiga - importa azeite dos quatro cantos do Mediterrâneo. Dono de uma classe média abastada e refilona, é para mim surpreendente como é que ainda conseguem vender aqui azeite de tão pouca qualidade. Mesmo com paisagens idílicas de aldeias no sul da Itália no rótulo o azeite que por cá se vende deixa no ar, e mim no estômago, uma sensação falsa. Basta inclinar a garrafa e deixar o líquido amarelo escorrer pelas paredes vítreas para notar que a viscosidade do mesmo toma contornos perigosamente aquosos. Perante tal desilusão, fica-se pois na eterna dúvida por onde andam os restantes 80x10^-3 Pascais por segundo que caracterizam a viscosidade do azeite.
Depois de anos de desilusão eis que encontrei bem perto do local onde moro uma loja que vende azeite Português. A loja é surreal, vende roupa, gomas, mobília de jardim e... azeite Português. Louvado gerente que se lembrou de tal combinação. A selecção está restrita ao azeite Oliveira da Serra mas isso pouco interessa. Prontamente comprei um frasco com a promessa de voltar lá brevemente e levar uma caixa dele, é que por mais alto que seja o patriotismo, dar 7 € por meio litro de azeite abala.
Já na cozinha deliciei-me com o cheiro a cebola refogada em azeite Português que depois cobriu três fartas postas de bacalhau que gratinava no forno. Que belo fim de dia...
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