25 de março de 2012

Da varanda...


Da varanda vejo que vai apressada,
Porque foge com tamanha destreza e satisfação?
A calçada quase não é tocada
Passos que alisam a escada
Seguros e breves em direção ao verão.

Carrega um cesto de vime e sonhos,
Porque o balança com tamanha perícia de mão em mão?
Embala mel, frutas e linho
Pão que repousa quentinho
Recém nascido do seu fogão.

E corre, corre para o fim da rua,
Porque dobra a esquina sempre a olhar o chão?
Talvez de encontrão tropeça
Na alegria de ter quem peça
Seus passos, seu manjar, sua mão...

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Trans - Siberiano