11 de março de 2012

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Que coisa é essa que nos acorda todos os dias, que nos levanta da cama e arrasta para o chuveiro em passeios sonâmbulos de Segunda Feira. Que nos olha no espelho em tom desafiador é diz: hoje vai ser diferente. Mas nunca é diferente. É sempre a mesma razão ilusória e mecãnica que nos transporta até ao local de trabalho. Uma reunião, uma página que tem de ser escrita a todo custo. Penso: Hoje vou sair mais cedo, aproveitar o sol como se fosse uma planta, absorver os raios solares e fazer deles oxigénio para a mente. Transformar a monotonia do dióxido de carbono em glicose de inspiração vária. Mas cedo tudo se desvanece. Arrancado do sonho como planta seca do vaso improvisado vou contraindo a doença moderna do sair tarde.

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Trans - Siberiano