22 de agosto de 2011

A avaliação das cotas...

E continua a contradição dos tempos modernos em Portugal. Quem avalia não quer ser avaliado, e a ter de ser então que não se limite a possibilidade de ter boas notas. Acho inconcebível que a FENPROF tenha a ilusão de que a performance dos seus associados viole de algum modo leis estatísticas básicas. Na sua forma corrente, a avaliação de professores impõe uma cota de 5% para nota de "excelente" e de 25% para a nota de "muito bom". Olhando bem as coisas eu diria que as cotas atribuídas pelo Ministério da Educação são muito benevolentes. Aqui fica a minha sugestão para a fixação de cotas apropriadas.


Recorrendo à distribuição normal de uma variável aleatória uni-dimensional (o caso típico das notas de um exame), quanto muito as cotas para "excelente" deviam ser cerca de 2% e as notas para "muito bom" cerca de 13%. Para porfessor um pouco acima da média cotas de 34%. Os restantes professores tinham avaliação de "assim assim". Será que a FENPROF gostaria da ideia?

Quando os estudantes concorrem para a universidade têm que se sujeitar a cotas para o número máximo de alunos por curso, quando concorrem a uma bolsa têm que enfrentar um número limitado de vagas, para terminar o doutoramento temos que ter uma cota mínima de artigos publicados. Estão a ver as semelhanças?

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