O previsível aconteceu. Portugal terá muito em breve de encontrar um novo, ou re-aceitar um velho primeiro ministro. Independente do futuro desfecho legislativo cabe colocar três questões estruturais que tornam o futuro de Portugal não muito brilhante.
1 - O síndrome da pequenez política. Este síndrome é caracterizado pela embirração Lusitana do "eu não sei governar com outros". Independente da cor política em causa, existe em Portugal uma inexplicável falta de sentido de união. Antes do actual governo maioritário de direita na Alemanha, Angela Merkel teve de ajustar as suas políticas durante quatro anos a um governo conjunto com o maior partido de esquerda. Em Portugal não se governa sem maioria, porquê?
1 - O síndrome da pequenez política. Este síndrome é caracterizado pela embirração Lusitana do "eu não sei governar com outros". Independente da cor política em causa, existe em Portugal uma inexplicável falta de sentido de união. Antes do actual governo maioritário de direita na Alemanha, Angela Merkel teve de ajustar as suas políticas durante quatro anos a um governo conjunto com o maior partido de esquerda. Em Portugal não se governa sem maioria, porquê?
2 - A espada de dois gumes Europeia. Portugal depende seriamente da Europa como instituição e dos parceiros Europeus como basilares agentes económicos. O constrangimento de coabitar com uma meta fixa para o défice torna complicado o endividamento temporário de Portugal de modo a operar uma profunda reestruturação das sua economia e instituições. É possível uma recuperação económica sem endividamento prévio?
3 - O efeito Ciclopes. Peguem no mapa Mundo e olhem para os países que menos sofreram com a crise. Encontrarão países que apostaram na diversificação da sua economia nas áreas da indústria, agricultura, finanças e serviços. Países que apostaram na especialização, como por exemplo a Islândia com o seu libertino sistema bancário, ou colapso imobiliário Irlandês. Devemos pois ter sempre dois ou mais olhos no caso de algum nos faltar. Quais as apostas de diversificação económica para Portugal?
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