Sem qualquer frequência específica ia espalhando pela Universidade coisas que escrevia. Coisas estas que uns chamavam de poemas e outros chamavam de ridículo. A fome de expor o que escrevia levou-me a imprimir folhas A0 que espalhava por pontos específicos como o Geo-ciências ou o CA. Bons ou maus, a verdade é que os textos iam despertando a atenção de quem passava.
Longe parece esse tempo, longe me parece a UTAD e todos os amigos que por lá encontrei, longe parecem as caras das meninas das fotocópias quando com ar de espantadas me perguntavam "Luís, queres mesmo isto em A0!!!!".
Longe tudo parece e perto tudo se revive.
Ontem ao falar com dois antigos colegas via skype tudo me perecia longe, hoje ao abrir o velho caderno de 2003 deparei com um dos tais textos, por ventura, um dos meus preferidos... Astronauta. E tudo ficou perto novamente...
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Viajar por sinapses no interior do ser,
Pilotar uma nave movida a imaginação
E talvez concertar terminais de ilusão.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Orbitar no vazio em torno do acontecer,
Respirar sentimentos dissolvidos no pensar
Com um fato espacial à prova do acordar.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Descolar do inconsciente a cada anoitecer,
Calcular trajectórias nos lóbulos cerebrais
Fazer reentradas em atmosferas emocionais.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Cartografar a minha alma antes de falecer,
Ser o primeiro a pisar planetas inventados
E por fim descansar na constelação dos desajeitados.
Longe parece esse tempo, longe me parece a UTAD e todos os amigos que por lá encontrei, longe parecem as caras das meninas das fotocópias quando com ar de espantadas me perguntavam "Luís, queres mesmo isto em A0!!!!".
Longe tudo parece e perto tudo se revive.
Ontem ao falar com dois antigos colegas via skype tudo me perecia longe, hoje ao abrir o velho caderno de 2003 deparei com um dos tais textos, por ventura, um dos meus preferidos... Astronauta. E tudo ficou perto novamente...
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Viajar por sinapses no interior do ser,
Pilotar uma nave movida a imaginação
E talvez concertar terminais de ilusão.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Orbitar no vazio em torno do acontecer,
Respirar sentimentos dissolvidos no pensar
Com um fato espacial à prova do acordar.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Descolar do inconsciente a cada anoitecer,
Calcular trajectórias nos lóbulos cerebrais
Fazer reentradas em atmosferas emocionais.
Astronauta dos sonhos eu gostava de ser
Cartografar a minha alma antes de falecer,
Ser o primeiro a pisar planetas inventados
E por fim descansar na constelação dos desajeitados.
5 comentários:
muito bom, o poema do astronauta!
É a segunda vez que comento o teu blog. Sou leitora assídua mas só agora que tenho um blog compreendo como é bom sentir o feedback de quem lê..
Gostei muito do poema!As vezes estudava na biblioteca da UTAD mas nunca me cruzei com nenhuma das tuas folhas espalhadas.devias te-las espalhado pelas mesas tambem :)
Boas gajo...
Fica já aqui um desafio, ao regressares a solo nacional escreveres mais um poema, imprimir em A0 e colocar nos mesmos locais...
Para depois podermos dizer... "Coisas de outros tempos..."
Abração do careca.
Sara:
Obrigado por visitares o blog. O baunilha em flor também tem merecido a minha atenção. Tenho um dia destes de experimentar uma das receitas. Também me aventuro pelas lides culinárias, qualquer dia surpreendo os leitores com umas experiências :)
Bacco:
É bem, é bem... Aceito o desafio.
Ah, então eram teus! Acho que só tive o prazer de me cruzar com um certo poema de "despedida" da UTAD... é o que dá, não frequentar o Geo! ;)
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