2 de abril de 2009

A impossibilidade evidente...

O G20 está neste momento reunido em Londres de modo a negociar um acordo que impõe no seu âmago uma maior regulação do sector financeiro. O objectivo declarado é que tal acordo previna futuras crises financeiras. Em detalhe serão discutidos em pormenor 5 documentos importantes.


O primeiros trata-se da recapitalização dos bancos de modo a manter as linhas de crédito estáveis. Sobre este ponto não deverá haver grande oposição por parte dos intervenientes. Talvez o documento que reúne menor consenso é o relativo ao incentivo fiscal. À boa maneira Americana Obama, apoiado por Taro Aso, propõe um taxa de incentivo fiscal de 2% do PIB ao ano para 2009 e 2010. Alemanha e França discordam... e eu também. a injecção de dinheiro não poderá ser desproporcionada e não poderão ser os contribuintes a sobrecarregarem a salvação dos bancos e ainda estimular a economia.

A fuga ao proteccionismo também terá de ser levantada, apesar de o Banco Mundial já ter afirmado que 17 dos 20 Países presentes de algum modo já impuseram mecanismos de controle das trocas de modo, e cito, "muito subtil".
Quanto à regulação, as posições divergem bastante com Sarkosy a ser dos mais estremistas ameaçando mesmo abandonar as conversações se, iamginem só, maior controle não for acordado...


Por fim teremos a questão do recente colapso das transferência de capital para as economias emergentes, algo que pode ser compensado por outras vias como maiores doações ao World Bank ou ajudas a NGO´s. Este ponto é também muito sensível e possivelmente tudo dependerá de uma acordo com a China em libertar algumas das tuas ainda enormes reservas ao Fundo Monetário Internacional em troca de um maior peso das economias emergentes no controlo desse mesmo fundo.


Resumindo. As negociações são tudo menos fáceis e simples. Para piorar ainda mais as coisas interesses nem sempre declarados por parte de cada líder complicará ainda mais uma equação já de si quase irresolúvel.
Eu pergunto primariamente se tal acordo será possível, praticável e se de facto dá garantias em prevenir futuras crises financeiras. Eu penso que não. A solução também não a tenho mas já vimos esta história vezes demais, poucos acordos económicos resultam, os mercados hà muito que funcionam sozinhos ultrapassando crises e momentos de extrema prosperidade. Tudo faz parte da história e nem Obama nem Merkel podem mudar isso...

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