Ontem, em mais uma rápida leitura do "The Economist", deparei-me com este gráfico onde figuram os dez países com mais potência instalada (em 2008) referente a energia eólica. Como podem ver Portugal não se sai nada mal e consegue in extremis entrar para o último lugar do top ten.
Apesar de interessante, o gráfico não revela grande coisa. Trata-se de potência total instalada e é lógico que os países com maior população e área geográfica apareçam nos lugares cimeiros. Os EUA lideram a lista com uma população sedenta de energia cuja exigência tem que ser saciada. Segue-se a Alemanha e a Espanha, dois grandes (sentido geográfico da palavra) Países Europeus vinculados a metas energéticas referente às renováveis. Depois vem a China e Índia que pelos vistos preferem outras fontes de energia que não a eólica pois apesar da sua imensa população não vão além do 4º e 5º lugar respectivamente. Depois a situação fica muito equilibrada com vários Países Europeus a perfazerem os restantes lugares até encontrarmos Portugal na derradeira posição.
Decidi então consultar as fontes de onde os dados energéticos foram retirados e também algumas páginas da Wikipédia. Decidi fazer outro ranking tendo em conta não só a potência instalada mas também o número de habitantes de cada País. Uma rápida conversão de GW para MW (só para os números serem mais simpáticos) e resultado é o seguinte:
Decidi então consultar as fontes de onde os dados energéticos foram retirados e também algumas páginas da Wikipédia. Decidi fazer outro ranking tendo em conta não só a potência instalada mas também o número de habitantes de cada País. Uma rápida conversão de GW para MW (só para os números serem mais simpáticos) e resultado é o seguinte:
(clicar para ver em resolução de jeito)
Ok, assim as coisas ficam bem melhores. Portugal aparece agora em quarto lugar a morder os calcanhares da Alemanha. A Dinamarca, que partilhava anteriormente o fundo da tabela com Portugal, apresenta-se agora como a Nação mais eólica do Mundo com cada Dinamarquês a poder usufruir, em teoria, de 540 MW de energia limpa proveniente do vento. Os EUA aparecem agora a meio da tabela, quanto à China e Índia, bem... quase nem existem....Os mesmo números, uma outra forma de os ver...
5 comentários:
ó meu! Se mudaste de atitude ao mudar de blogue, podias mudar também de frase!! essa do "Nunca fomos muitos, mas se formos todos, somos sempre bastantes..." já enjoa! hehehe
e agora coisas sérias: ALEMONAS?!?!?! nem uma daquelas anãs de 1,80m?? raistapartam.....
Sinceramente não é um 4º lugar que me orgulhe por 4 (ou mais) motivos:
1º Rasgaram praticamente toda a nossa Rede Natura;
2º Em termos estéticos e enquadramento paisagista, nem vale a pena comentar;
3º Em termos de eficiência energética valem muito pouco, se às 8:00h (pico energético) não fizer vento, a contribuição é zero, se às 15:00h fizer um vento daqueles, não interessa nada, pois a essa hora temos excesso e Espanha não compra;
4º Em termos ambientais não me consta que tenha fechado qualquer central a carvão ou a gás natural de produção de energia eléctrica por entrada em funcionamento das tais ventoinhas.
Claro que não vou deixar a pergunta fatídica: que será daquelas beldades daqui a 25 anos (período de vida considerado para os arcamanhos), quem as tira de lá e como? Epá fiz outra vez a pergunta!!
Um abraço
Joaquim
Ora ainda bem que alguém abre a discussão, grande Jaquim...
Devo dizer que até curto os geradores que vão sendo instalados no nosso País, desde que se cumpram as respectivas salvaguardas. Quanto ao pontos que anuncias... bem...
1-Rasgam? É pá, se calhar até rasgam, mas penso haver atropelos mais graves à Rede Natura (de cujo o funcionamento devido suspeito ser ineficiente) que as eólicas...
2- Esse argumento pode ser dito de toda e qualquer solução energética. Barragens cinzentonas no rio Tua, painéis solares negros na bela planície Alentejana, centrais térmicas com plumas de fumo em lindos céus azuis... E citando o professor marado de OBT, "enquadramento? e você sabe o que é isso?"
3- Não podia estar mais de acordo... O vento não sopra à nossa vontade, é certo. Mas e se um dia o vento decidir soprar às 8 e não não tivermos lá as ditas ventoinhas. Certamente o vento também não será assim tão mauzinho para fazer greve sempre no pico de consumo, digo eu...
4- Pois... a mim também não me consta que isso tenha acontecido. Para o bem e para o mal temos de cumprir metas quanto às energias renováveis e temos de lidar com as consequências de tal facto...
Não existem soluções perfeitas, temos é que salvaguardar que os impactos são minimizados e penso (e posso estar errado) que as eólicas não são assim um caso tão grave...
Por fim, quem as tira de lá? não sei.. se calhar não tiramos, actualizam-se para durar mais uns anos...
Abraços
Olá Luís
Agradeço o teu comentário
Se não te conhecesse, diria que estavas metido no negócio das ventoinhas (eheh). Como sabes um negócio chorudo e que por incrível que pareça somos nós que o pagamos através da taxa dita verde na conta da luz à EDP.
Em relação aos atropelos mais graves em relação à rede natura estou de acordo contigo, alguns serão, mas isso não devia permitir que outros aconteçam, na minha opinião, não se deve ir pelo discurso do que: -bom se já está um papel no chão aqui vai outro-.
Barragens: posso dar a minha opinião noutro contexto (vais gostar!!)
Gostaria bem mais de ver um investimento igual a 15 ventoinhas traduzido em investigação, em energias realmente alternativas e de todo limpas, como por exemplo o hidrogénio e acredita que já era muito dinheiro.
Por fim, estou novamente de acordo contigo: “não sei...se calhar não tiramos”
(olha lá o Luís, nós tivemos professores marados??)
Abraço
Joaquim
Eh pah, isto tá bom!
Já há debate?
Assim já vale a pena mandar uns bitaites!! Eheh!
Não me parece de todo que a Energia Eólica, ou melhor, os parques eólicos sejam um grande problema a nível de ocupação de solo! Se é certo que a grande parte destes parques se situa em áreas de rede Natura, ou de REN/RAN, não me parece que seja assim tão significativo quanto isso!
Parece-me bem pior a ocupação do solo pelas centrais solares, como referiu o luis. Para termos alguma potencia instalada, de modo a rentabilizar o investimento, terá de se cobrir uma área bastante elevada de solo, sem possibilidade de se utilizar os mesmos para qualquer outro fim!!!
Se quisermos comparar:
por aerogerador: 30m*30m=900m2
(sem contabilizar acessos)
Considerando uma potência instalada de 46 MW, e pot unitaria dos aeros de 2MW temos:
23aeros * 900m2 = 20 700m2
Considerando que os acessos do Parque eólico ocupam 200 % da área total de implantação dos aeros (valor sem qualquer critério de exactidão)
ficamos com uma área total de projecto de 62 100 m2 ou seja 6,21 ha (hectares)
Se compararmos com a central solar da Amareleja, que tem uma potencia instalada (pico) de 46 MW, temos uma área total de implantação de projecto de, reparem bem 250 hectares. Sim, não é engano, 250 ha.
Por isso, mais uma vez digo que a ocupação do solo pelos parques eólicos não é significativa!!!!
Mesmo pensando nos morcegos, e nos passarinhos que os ecologistas e ambientalistas defendem, os impactos são reduzidissimos! Pois estou farto de ir para parques eólicos e a mortalidade é practicamente nula!!
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