4 de novembro de 2008

F1 - A corrida final...



Esta era a corrida pela qual meio Mundo esperava. No Brasil travava-se a última batalha do ano e em jogo estavam os títulos de pilotos e construtores bem como o prestígio de cada um dos front men da Maclaren e da Ferrari, os únicos com hipóteses de conquistar o feito máximo.
Tudo se ia decidir então numa imprevisível tarde de Domingo em São Paulo. O público apareceu em força para honrar o seu herói local, uma maré vermelha invadiu a bancada oposta ás boxes em Interlagos e a Fé de uma intervenção divina por parte do povo Brasileiro era enorme... A chuva começou a cair minutos antes da partida baralhando estratégias e horários e elevando a imprevisibilidade da corrida para níveis tais que nem os computadores do CERN (supondo que estes se encontram em funcionamento) conseguiriam calcular o desfecho da corrida.

Na largada tudo correu como previsto, Massa toma a dianteira enquanto que Hamilton faz tudo para escapar a qualquer toque ou manobra menos conseguida. Alonso surprende Kovaleinen logo na segunda curva enquanto que Vettel dá provas que na chuva é preciso contar com ele... Após a breve incursão do safetycar os pilotos ficaram bastante próximos e as posições foram mantidas durante algumas voltas. Massa força o ritmo, tinha motor novo, Raikkonnen como escudeiro e  nada a perder, vai embora e deixa Hamilton a controlar a perda de pontos. Qualquer erro nesta altura seria fatal, os engenheiros de pista e mecânicos sabiam que agora era a sua vez, os homens em pista não podiam ser abandonados. A cada paragem nas boxes vermelha e prata precisão dos detalhes das operações eram comparáveis ao do que melhor se faz na NASA. Combustível, pneumáticos, acertos e partida, nada falhou e o título seria decidido em corrida.

A escassas voltas do fim a chuva reaparece. Massa liderava à vontade, Hamilton controlava os acontecimentos com um ritmo forte o suficiente para não cair da classificação e não destruir o V8 Germânico. A chuva não era muita e decisões tinham que ser feitas....Hamilton não arrisca e bem à boxe não vá a chuva vai aumentar de intensidade. Massa vem também às boxes e retoma a corrida no primeiro lugar. A chuva teima em não passar de uns simples aguaceiros e Vettel arrisca tudo... Força a entrada de cada curva com Hamilton, deslizava ora à esquerda ora â direita a poucos centímetros da caixa de velocidades de Hamilton tentando encontrar um brecha na muralha que o Inglês erguera... A duas votas do fim Vettel passa Hamilton e com o sexto lugar o Inglês seria batido por um ponto e o sonho do campeonato era neste momento levado encoberto pelas traiçoeiras que rondavam o circuito Canarinho.

Na última curva da última volta do último grande prémio, Timo Glock (que arriscou e não veio trocar de pneus) falha por completo a trajectória e desliza para a direita deixando caminho livre a Vettel e a Hamilton. Hamilton sobre então um lugar e conquista o título por um ponto de diferença  e Massa sobe a viseira para limpar as lágrimas e saudar o seu maravilhoso público.

Agora temos de esperar até Março para os heróis voltarem às pistas. Os veículos vão agora para os museus das respectivas equipas e nos estiradores dos engenheiros nosvos componentes começam já a ganhar forma... até para o ano...

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