18 de novembro de 2007

Quando o sol nasce não é para todos...

Enquanto percorro as ruas desta cidade em mais uma fria noite, não posso deixar de pensar na sorte de ter nascido na Europa, um continente único cheio de oportunidades e recursos. Não posso deixar de pensar na sorte que tive de entre todos os países Europeus ter nascido em Portugal, quantos mais países visito mais vontade tenho em regressar. E por fim, não posso deixar de pensar na sorte de ter nascido no Norte, em Vila Real. Longe da confusão das grandes cidades, protegido pelo Marão, num ambiente onde as pessoas são simples e a vida, ainda que por vezes difícil, se faz com alegria. E como continuei a pensar, não podia deixar de invocar a sorte de estar neste instituto a aprender coisas novas todos os dias. Um instituto onde tenho a oportunidade de contactar com os líderes dos países em desenvolvimento (e outros) e ajudá-los a adoptar estratégias para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes e com isso mudar um pouco o Mundo, pois nem todos tiveram a sorte, como eu, de nascer na Europa.

No entanto, este sábado, todos estes bons pensamentos esbarraram com um outro proveniente de uma simples troca de palavras. Como não tenho arte nem engenho suficientes vou ter de recorrer às palavras do mestre Torga (nascido na Europa, em Portugal e no distrito de Vila Real), “ o futuro é o disfarce da impotência” e ao ditado do povo, “A infelicidade de uns é a sorte de outros”. Assim sendo, uma vez que o futuro é incerto e infeliz, só posso constatar que hoje (domingo), quando o sol nascer, não será para todos…

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