Prefácio
Decidi abrir a janela do quarto para que algum ar fresco pudesse entrar, afinal de contas o quarto já estava fechado há uma semana. Cuidei das plantas tal como prometido e certifiquei-me que todas as cartas recebidas repousavam junto da sua fotografia. Olho para o relógio, já são 11 da noite, está na hora de dormir. Fecho a janela… O telefone toca, hesito… decido atender. Que bom ouvir de novo a sua voz… Adormeço, no dia seguinte começa a viagem…
A loja está vazia, ainda é cedo e na estação principal o movimento é pouco. Procuro na prateleira da imprensa internacional pelo “The Guardian”, o único jornal estrangeiro de jeito que circula por estas bandas com regularidade. Desço até à plataforma 7 e começo a procurar por alguém de aparência Nórdica. Por sorte não demoro muito até encontrar o Fro, o tal Norueguês. O comboio chega, entramos e pousamos a bagagem. Depois de conversar um pouco decido ler o jornal, dou a secção do desporto ao Fro para ele se entreter e começo a ler o jornal. América do sul, máfia Italiana, terrorismo, eleições da família republicana nos EUA, nada mais me chama a atenção por agora… Adormeço…
Sinto a cara quente, o sol espreita para dentro da nossa carruagem, acordo já ao chegar à estação. O edifício é impressionante, arcos de aço elevam-se de ambos os lados da estação, as paredes são de um tijolo com tonalidade escura e partes do tecto são revestidas com vidro que aparenta ter alguns anos…
A loja está vazia, ainda é cedo e na estação principal o movimento é pouco. Procuro na prateleira da imprensa internacional pelo “The Guardian”, o único jornal estrangeiro de jeito que circula por estas bandas com regularidade. Desço até à plataforma 7 e começo a procurar por alguém de aparência Nórdica. Por sorte não demoro muito até encontrar o Fro, o tal Norueguês. O comboio chega, entramos e pousamos a bagagem. Depois de conversar um pouco decido ler o jornal, dou a secção do desporto ao Fro para ele se entreter e começo a ler o jornal. América do sul, máfia Italiana, terrorismo, eleições da família republicana nos EUA, nada mais me chama a atenção por agora… Adormeço…
Sinto a cara quente, o sol espreita para dentro da nossa carruagem, acordo já ao chegar à estação. O edifício é impressionante, arcos de aço elevam-se de ambos os lados da estação, as paredes são de um tijolo com tonalidade escura e partes do tecto são revestidas com vidro que aparenta ter alguns anos…
O Fro questiona-me se alguém nos vem esperar, eu respondo que sim, aliás, já estou a ver a pessoa que nos ficou de receber. O Fro tem de ir à casa de banho, esperamos por ele na saída da estação…
- Que tal estão as flores e a casa? Quem tens feito?
- Bem, respondo eu… Está tudo igual. A casa está vazia pois todos foram de férias, as flores sobrevivem alegremente… Não tenho feito nada de especial, apenas trabalho e aprendo a apreciar o silêncio…
- Estou pronto…diz o Fro…
Uma vez que estamos numa cidade portuária a primeira coisa a fazer é apanhar o barco e fazer um pequeno passeio pelo porto. O dia está lindo, tivemos sorte… no dia anterior chovia bastante. Os barcos sucedem-se a bom ritmo, de todos os tamanhos, de todas as cores, de mercadorias, de passageiros e até militares. A água de vez enquanto salta para dentro do barco mas não nos impede de ficar cá fora no convés. Enquanto o barco desenha o seu caminho por entre o concorrido porto eu vou tendo uma breve lição de história. Tudo tem uma história, os armazéns antigos que ladeiam o porto, as casas dos antigos oficiais, o mercado de peixe… Tudo contado na primeira pessoa por uma habitante de Hamburgo…
O dia corre a uma velocidade tremenda. Percorremos uma rua cheia de cafés Portugueses. Paro num deles e peço quatro natas com bastante canela no topo. A senhora que era originária de Vagos atende o meu pedido e deseja-me um bom resto de estadia. Já nem me lembrava da última vez que tinha falado a nossa língua… Partilho as natas com o Fro e com as nossas duas guias turísticas. Gostaram bastante…
A tarde vai a meio, visitamos um dos ícones de Hamburgo, a Igreja de St. Michaelis. A igreja tem uma torre que se eleva 132 metros acima de Hamburgo. A subida é dura mas vale a pena. A vista é fenomenal, podemos ver toda a cidade, o porto, as feiras. Podemos ver como a cidade cresceu, a parte antiga, a parte nova a parte futura :) … Está na hora de descer, comer qualquer coisa e arranjar um bom lugar no parque. Mais logo vai haver um espectáculo de luz, água e som a não perder.
A noite cai. O lugar está escolhido, apenas temos de esperar por mais dois habitantes locais que ficaram de trazer um cobertor para nos sentarmos na relva. Silêncio… o espectáculo vai começar. Jactos de água e efeitos de luz combinam-se numa melódica valsa de cor e som. Os meus sentidos ficam despertos, a música sugere movimento, acção, a luz sugere paz, conforto. Os sentimentos misturam-se, combinam-se e voltam-se a separar, ficamos absorvidos por todo aquele ambiente caleidoscópico que se desenrola à nossa frente. As luzes apagam-se e está na hora de ir embora, despedidas…
Ainda temos algum caminho a percorrer até chegar à casa onde vamos dormir. O comboio acelera no escuro, está quase achegar ao destino…
O Fro vai imediatamente para a cama, estamos cansados, exaustos. O dia manhã também vai ser longo.
Tempo para uma breve conversa, até amanhã… Chego ao quarto que vou partilhar com o Fro, ele dorme, faço a outra cama e deito-me… Adormeço por fim…
continua...
- Que tal estão as flores e a casa? Quem tens feito?
- Bem, respondo eu… Está tudo igual. A casa está vazia pois todos foram de férias, as flores sobrevivem alegremente… Não tenho feito nada de especial, apenas trabalho e aprendo a apreciar o silêncio…
- Estou pronto…diz o Fro…
Uma vez que estamos numa cidade portuária a primeira coisa a fazer é apanhar o barco e fazer um pequeno passeio pelo porto. O dia está lindo, tivemos sorte… no dia anterior chovia bastante. Os barcos sucedem-se a bom ritmo, de todos os tamanhos, de todas as cores, de mercadorias, de passageiros e até militares. A água de vez enquanto salta para dentro do barco mas não nos impede de ficar cá fora no convés. Enquanto o barco desenha o seu caminho por entre o concorrido porto eu vou tendo uma breve lição de história. Tudo tem uma história, os armazéns antigos que ladeiam o porto, as casas dos antigos oficiais, o mercado de peixe… Tudo contado na primeira pessoa por uma habitante de Hamburgo…
O dia corre a uma velocidade tremenda. Percorremos uma rua cheia de cafés Portugueses. Paro num deles e peço quatro natas com bastante canela no topo. A senhora que era originária de Vagos atende o meu pedido e deseja-me um bom resto de estadia. Já nem me lembrava da última vez que tinha falado a nossa língua… Partilho as natas com o Fro e com as nossas duas guias turísticas. Gostaram bastante…
A tarde vai a meio, visitamos um dos ícones de Hamburgo, a Igreja de St. Michaelis. A igreja tem uma torre que se eleva 132 metros acima de Hamburgo. A subida é dura mas vale a pena. A vista é fenomenal, podemos ver toda a cidade, o porto, as feiras. Podemos ver como a cidade cresceu, a parte antiga, a parte nova a parte futura :) … Está na hora de descer, comer qualquer coisa e arranjar um bom lugar no parque. Mais logo vai haver um espectáculo de luz, água e som a não perder.
A noite cai. O lugar está escolhido, apenas temos de esperar por mais dois habitantes locais que ficaram de trazer um cobertor para nos sentarmos na relva. Silêncio… o espectáculo vai começar. Jactos de água e efeitos de luz combinam-se numa melódica valsa de cor e som. Os meus sentidos ficam despertos, a música sugere movimento, acção, a luz sugere paz, conforto. Os sentimentos misturam-se, combinam-se e voltam-se a separar, ficamos absorvidos por todo aquele ambiente caleidoscópico que se desenrola à nossa frente. As luzes apagam-se e está na hora de ir embora, despedidas…
Ainda temos algum caminho a percorrer até chegar à casa onde vamos dormir. O comboio acelera no escuro, está quase achegar ao destino…
O Fro vai imediatamente para a cama, estamos cansados, exaustos. O dia manhã também vai ser longo.
Tempo para uma breve conversa, até amanhã… Chego ao quarto que vou partilhar com o Fro, ele dorme, faço a outra cama e deito-me… Adormeço por fim…
continua...
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