25 de maio de 2009

PJ - 8 álbuns, uma história (parte 1)

Para quem percebe de música, os Pearl Jam foram, são e serão, uma das grandes bandas Mundiais. Para as pessoas como eu que não percebem nada de música, os Pearl Jam marcaram uma geração com o seu "Seattle sound" originado do isolamento geográfico e de um tempo de indefinição profunda da faixa etária adolescente dos EUA. O Grunge nasce fruto do descontentamento e da revolta de uma pequena comunidade perdida na vastidão do continente Americano no início dos anos 90. O novo som trouxe fúria e esperança de uma sociedade melhor reinventando-se continuamente e deixando para trás algumas vítimas. A cidade de Seattle está no epicentro do terramoto sonoro que irá abalar a América e o Mundo. Nesta cidade três grandes bandas elevaram o Grunge os seu expoente máximo, no entanto, só uma sobreviveu... Esta é a sua história.


Os PJ nascem da desintegração duas bandas, os Mother Love Bone após a morte do seu vocalista por overdose de heroína e os Shadow. Jeff e Stone, que pertenciam à formação inicial dos Mother Love Bone, decidem sair e pelo caminho conhecem Mike, ex-Shadow. Mike incentiva Stone e Jeff a tocarem juntos e a enviar uma demo a Jack Irons (o primeiro baterista dos Red hot Chili Peppers) para ver se ele queria participar numa banda. Irons fez então algo que mudaria para sempre o panorama do Grunge, decide passar a demo feita por Stone a um amigo surfista de San Diego Chamado Eddie Vedder. Eddie, que na altura trabalhava a part time numa bomba de gasolina, ouve a demos e imediatamente escreve a letra para três músicas que alguns anos mais tarde se iriam tornar autênticos clássicos, entre elas estava Alive. Irons acaba por não aceitar participar no projecto e dá lugar a Dave Krusen. A banda já tinha todos os elementos. No baixo Jeff Ament, na bateria Dave Krusen, o lead guitar era o Mike, na segunda guitarra o Stone e como vocalista o Eddie.

Em Março de 91 os Pearl Jam entram em estúdio para gravar Ten, que, a par de Nevermind, se tornou num dos álbuns mais influentes do Grunge e de uma geração inteira, eu incluído. O álbum Ten é notoriamente um álbum onde Stone e Jeff lideram a sonoridade com Eddie a escrever algumas das letras e Mike a fazer o que só ele sabe... os seja.. arrancar infindáveis solos vindos do nada... Ten foi um sucesso, apesar de parcialmente eclipsado em termos de vendas por Nevermind. Ten demonstrou ser um álbum sólido e bem produzido perpetuando-se no tempo ao ponto de os Pearl Jam o relançarem este ano com uma séria de extras. O primeiro álbum foi o início de uma trajectória que os Pearl Jam não esperavam, tanto até, que viram a tomar medidas drásticas no futuro das quais falarei noutros posts.


Das muitas músicas incluídas em Ten, Alive é daquelas que ganhou o estatuto de clássico e é parte obrigatória da playlist da banda em qualquer actuação. Passados 17 anos sobre a edição do álbum, descobrimos afinal que a fúria rebelde de Eddie é na verdade uma racional composição de momentos pessoais materializados nos versos da música que derreteu em tempos o meu walkman. Fica então a explicação do Eddie num registo honesto que sempre foi imagem de marca a banda... Até breve...




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