30 de maio de 2008

Crises


Como é costume, uma das primeiras coisas que faço logo pela manhã é abrir a página do "Público". Depois de dar uma vista de olhos pelas letras gordas deparo-me com esta frase de Vasco Pulido Valente: "A "crise", internacional e portuguesa, está para durar, e para durar muito."
Não sou jornalista, nem economista, nem analista político, apenas comento o que vejo com a perspectiva de alguém que é por natureza curioso. Quer-me parecer no entanto que estes "intelectuais" que escrevem e comentam em jornais de renome estão com um grande défice de lucidez.

O termo "crise", é, no meu ponto de vista, usado com certo exagero pois eu sou da opinião que já não há crise absolutamente nenhuma. Que quero eu dizer com isto? Quero dizer que Portugal e o Mundo passaram, é certo, por uma alteração nos valores, situação económica, segurança e até mesmo alterações na sociedade que podem ser rotuladas de crise. Mas isto foi, no meu ponto de vista, um ponto na história, uma viragem que aconteceu e que nos faz agora caminhar numa outra direcção talvez menos benéfica. Chamaria a essa viragem crise, mas o caminho que agora seguimos não deve ser chamado de crise, é apenas o rumo da história.

Continuar a chamar crise à situação que se vive hoje em dia é continuar a acreditar que as coisas vão voltar ao que eram anteriormente, ora isso não vai acontecer. O rumo que agora tomamos é outro e temos de aprender a viver nele, retirando os ensinamentos que devemos retirar e construindo novas soluções. O dia virá em que uma nova viragem terá lugar, uma nova crise, uma nova ruptura com o que nos era tradicional. Sou da opinião que as "crises" se dão em espaços muito curtos e não anos e anos. Ao período de ruptura e viragem chamaria "crise", mas ao caminho que se estende depois chamaria simplesmente "a vida". E é nesse período que agora estamos...

Abraços

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